O MViva!, espaço aberto, independente, progressista e democrático, que pretende tornar-se um fórum permanente de ideias e discussões, onde assuntos relacionados a conjuntura política, arte, cultura, meio ambiente, ética e outros, sejam a expressão consciente de todos aqueles simpatizantes, militantes, estudantes e trabalhadores que acreditam e reconhecem-se coadjuvantes na construção de um mundo novo da vanguarda de um socialismo moderno e humanista.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Brizola Neto: crise mobilizou os entreguistas pelo pré-sal



Do ex-deputado e ex-ministro Brizola Neto, pioneiro deste blog, há seis anos, e transcrito do 
site do PDT:

“O ex-ministro e ex-deputado Brizola Neto, do PDT, disse que lhe causou espanto, ao voltar ao Congresso, após algum tempo, constatar que “a sanha dos entreguistas, que Brizola chamava de vendilhões da pátria, voltou com toda força”.
Frisou que a iniciativa do ato (da Frente Nacional de Defesa do Pré-sal), suprapartidário, era do PDT “fiel depositário do legado trabalhista: que sempre combateu e nunca se dobrou ante os interesses estrangeiros” sobre o Brasil. “Nós carregamos a história de líderes que foram combatidos por estes interesses, porque tiveram coragem de enfrentá-los, porque sabiam que não vale a pena ficar no poder a qualquer preço”, argumentou Brizola Neto, frisando que esta era uma mensagem do PDT dirigida inclusive para os atuais dirigentes do país.
Brizola destacou, também, na sua participação, que a mudança no marco regulatório conduzida pelo presidente Lula – a Lei da Partilha – foi uma retificação “ao regime de entrega” patrocinado por Fernando Henrique Cardoso; embora ela fosse “aquém do monopólio estatal” de Vargas, que viabilizou a construção da Petrobras nos anos em que vigorou.
“Causa-me espécie que nem este mínimo avanço conquistado se queira preservar. Por isto, é importante que as pessoas mostrem a sua cara neste momento. Preocupam-nos violências como a cometida contra a Comissão do Senado criada para examinar o PLS-131, que teve seus atos suspensos por ato discriminatório do presidente Renan – que desconheceu a proporcionalidade e as indicações partidárias; e, ao que me parece, com o único objetivo de colocar na comissão senadores alinhados à entrega do patrimônio nacional”, argumentou.
Observou ainda que “neste momento de crise política, tudo indica que as forças entreguistas se mobilizaram. Daí a importância de atos como este – de resistência – para reverter a entrega do patrimônio que pertence a todos os brasileiros”.
Brizola Neto explicou que “nunca é demais a gente lembrar que o maior vazamento de óleo ocorrido no Brasil aconteceu em um campo explorado pela Chevron, na Bacia de Campos; e ficou provado que ele só aconteceu pela negligência da empresa, que só foi punida pela Agência Nacional de Petróleo, porque a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados mobilizou-se para isto”.
Brizola Neto disse que os brasileiros precisam ficar atentos à “exploração predatória” de seus campos de petróleo, porque “esta a história do Brasil e da América Latina, continente saqueado em seus recursos naturais pelas nações hegemônicas; com seu povo gasto em um moinho de gastar gente – índios e negros, no passado – e agora milhões de mestiços; em atividades econômicas que não tem como fim, destino, a nossa Nação, o nosso povo”. (Foto Amarante)
Segundo o ex-deputado e ex- ministro, “nós vivemos, nos gastamos como povo – porque nosso povo trabalhador é explorado não para atender o continente sul-americano, mas para abastecer com nossas riquezas naturais os países já ricos”.
A isenção do imposto de exportação, a Lei Kandir, observou, afeta não só o petróleo que as multinacionais extraem de nosso subsolo, como todas as exportações; e mostra a incapacidade do Brasil de agregar valor aos produtos naturais que o Brasil exporta.
“É fácil ser exportador de commodities, com equilíbrio fiscal e apenas 20 ou 30% da população consumindo, com altas taxas de desemprego e arrocho salarial. Mas quando se expande o mercado interno, com valorização do salário mínimo e redução do desemprego, não é possível mais um país produtor de matérias-primas sustentar o consumo de 60 ou 80% de sua população, como aconteceu recentemente no Brasil – com as políticas de crédito e de consumo”. E concluiu:
– “A conta chegou. E agora, o nosso caminho tem que ser o de enfrentamento pela soberania nacional; por que o verdadeiro caminho do desenvolvimento passa pela educação pública de qualidade, com todos os brasileiros bem alimentados e bem informados para poderem usufruir da enorme riqueza do nosso país”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário