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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O ciclo da traição se completa: Descansa em Paz Marina !



“Marina Silva acabou no domingo 12 de outubro, quando virou as costas para sua própria trajetória ao declarar voto no candidato Aécio Neves, o representante de uma política econômica ostensivamente contrária à valorização do salário mínimo e à ampliação das políticas sociais e de inclusão. Com o capital eleitoral que conseguiu reunir no primeiro turno (21,32 % do total de votos, 
ou 22.176.619 eleitores), Marina poderia ajudar sua Rede Sustentabilidade a se consolidar como a tal terceira via de que tanto falou antes. Ela preferiu juntar-se a forças bem conhecidas dos 
brasileiros: Que criminalizam os movimentos sociais; que atentam contra a liberdade de imprensa; que são apoiadas pela chamada “Bancada da Bala”, por Silas Malafaia e por Marcos  Feliciano. Sem contar que os votos de Levi Fidelix (PRTB, o idiota que fez do aparelho excretor um programa de governo) devem ir para Aécio também. Marília de Camargo César, autora da  biografia “Marina: a vida por uma causa” (editora Mundo Cristão, 2010), conta que,
diante de um 
problema de difícil resolução, a ex-ministra costuma praticar a “roleta bíblica”, que consiste em abrir a Bíblia aleatoriamente, para saber o que Deus recomendaria na situação.  Não é difícil imaginá-la nesse mister quando ela se saiu com a idéia de pedir que o PSDB reconsiderasse a campanha pela redução da maioridade penal, como condição sine qua non a seu apoio. Aécio  respondeu sem pestanejar: não! E assim acabou-se mais uma convicção “firmíssima” de Marina.Descansa em paz, Marina!”

Por: Miguel do Rosário


A velha roda das traições nunca pára.
Quando se deixa o ressentimento tomar conta da consciência política, a tendência, quase sempre, é dar 
a volta a si mesmo e se tornar o oposto de tudo que já se foi.
Foi assim com Carlos Lacerda.
Foi assim com Roberto Freire.
Foi assim com Marina Silva.
Marina Silva fez a sua vida política dentro do PT.
Teve solidariedade, apoio e recursos do partido, que a resgatou de um destino obscuro no longínquo 
Acre para uma trajetória brilhante: foi vereadora, deputada e, enfim, senadora.
Lula a faz ministra de Estado, coroando sua carreira.
Por que Marina entrou na política?
Ela o fez porque, junto com Chico Mendes, sentia que precisava lutar contra a opressão capitalista, que 
explora o trabalhador, que desmata florestas, que ignora as condições miseráveis do pobre, que usa o 
Estado apenas para beneficiar os ricos.
Lutando contra isso, ela entrou no PT, e o PT, quando chegou ao poder federal, iniciou os maiores 
programas sociais da história do nosso país, reduziu brutalmente o desmatamento da Amazônia, salvou 
a agricultura familiar do destino cruel que o neoliberalismo tentava lhe reservar.
Marina sequer nega isso, tanto que, em sua campanha, sempre elogiou as conquistas sociais do 
governo Lula.
Então o que faz Marina Silva agora apoiar Aécio Neves, representante do mais duro neoliberalismo?
Do neoliberalismo que oprimiu milhões de pessoas, não só no Brasil?
Simples, a sua opção segue a escala de seu ressentimento.
O TSE não aprovou a criação de seu partido?
Culpa do PT.
Não chegou ao segundo turno?
Culpa do PT.
Daí que, de candidata que tentou associar a si mesma aos protestos de junho, Marina agora se liga ao 
partido que defendeu abertamente a criminalização dos manifestantes.

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