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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O SUMIÇO DE ERUNDINA DA CAMPANHA DA MARINA


Jornal GGN – Luiza Erundina foi sempre uma incansável batalhadora pela revisão da Lei de 
Anistia. Criticou duramente a presidente quando esta declarou que não era a favor da revisão. 
Além disso, se notabilizou por abraçar pautas extremamente espinhosas no Congresso, como a 
criminalização da homofobia, o casamento gay e outras batalhas ferrenhas. Hoje Luiza Erundina foi alçada à incômoda coordenação da campanha de Marina, uma voz do PSB nas  decisões contidas em seu cargo. Confrontada por jornalistas, Erundina disse que suas pautas
até  agora devem ser discutidas em um outra oportunidade, não em campanha de Marina, onde se
discute um projeto de Brasil. O Estadão explora essas divergências.

Erundina ‘some’ para não fustigar aliada

Com posições conflitantes com as de Marina, coordenadora da campanha da candidata do PSB tenta escapar de divergências públicas
Escolhida de última hora para coordenar a campanha de Marina Silva à Presidência, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), submergiu para não divergir publicamente da candidata. Apesar de serem amigas e compartilharem o mesmo projeto de poder, as duas têm posições antagônicas em temas polêmicos que são especialmente sensíveis no atual cenário eleitoral.
Erundina notabilizou-se no Congresso - ela está no quarto mandato de deputada - pela defesa das bandeiras LGBT, da revisão da Lei da Anistia e da democratização da mídia.
Marina, porém, evita encampar essas propostas. Em um episódio recente, a equipe da candidata retirou do programa de governo trechos que previam a criminalização da homofobia e a aprovação do casamento gay. Na ocasião, Erundina não se manifestou. Hoje, quando questionada, ela minimiza o caso. “Essas questões são menores. Em uma disputa eleitoral com essa dimensão, essas questões precisam ser tratadas no seu devido tempo”, afirmou.
Para evitar novos desgastes - e não se desgastar com os seus eleitores - Erundina tem acompanhado Marina a pouquíssimos eventos. Sua agenda tem se concentrado a atividades que fogem do seu perfil - a burocracia do dia a dia da campanha.
Na sexta-feira, quando compareceu a um ato de Marina em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, a deputada foi questionada pelo Estado sobre as divergências com a presidenciável. “Esta é uma coletiva com a candidata à Presidência, não com a coordenadora da campanha”, disse. “O centro do debate, a figura principal, o interesse que a sociedade tem é pelo o que está falando a nossa candidata”, concluiu.
Em outra ocasião, também na semana passada, a deputada reconheceu as diferenças. “Não alterei um milímetro das minhas posições. Mas há mais convergências do que divergências.” Entre as discordâncias, talvez a mais delicada seja a revisão da Lei da Anistia, que permitiria que militares e civis sejam punidos por seus crimes da época da ditadura. Em debates na Câmara, Erundina costumava fazer duras críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), por se mostrar contrária à revisão da norma. “A postura da presidente Dilma é de leniência. Por que esse receio? Não entendo, sobretudo para uma pessoa que pagou tão caro na época”, chegou a dizer a parlamentar. A posição não mudou, mas Marina é poupada. “Temos que lutar pela revisão, mas isso é um aspecto menor”, disse a deputada.
Quando questionada sobre sua baixa participação nos eventos de campanha, a deputada diz que tem de se concentrar na sua campanha à reeleição para a Câmara. Apesar das divergência, Erundina e Marina compartilham a mesma mágoa com o PT, partido que ambas ajudaram a fundar e que, hoje, tentam

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