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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Máfia mineira - Alvimar Perrella é denunciado em MG por fraudes em licitações

Outras 17 pessoas são suspeitas de participar do esquema.
Empresa de Alvimar fornecia alimentos para presídios.

Do G1 MG, com informações do MGTV 2ª edição

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou criminalmente à Justiça nesta segunda-feira (24) o ex-presidente do Cruzeiro Alvimar de Oliveira Costa, conhecido como Alvimar Perrela, irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG), e outras 17 pessoas. Segundo a denúncia, eles são acusados de participar de um esquema de fraude em licitações para o fornecimento de alimentos a presídios de Minas Gerais.
De acordo com o MP, entre os crimes cometidos pelos suspeitos estão fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha e fraude processual. O Ministério Público afirma que cerca de R$ 80 milhões teriam sido desviados, em 32 licitações entre os anos de 2009 e 2012.
Na denúncia, Alvimar e outros dois empresários são apontados como chefes do esquema. Os três são donos da empresa Stillus Alimentação, com sede em Belo Horizonte.
O esquema, de acordo com as investigações, funcionava da seguinte forma: os sócios João Wilson Veloso, Álvaro Wagner Diniz de Araújo e Alvimar Perrela,  orientavam o advogado Bruno Vidotti, que fazia as propostas com preços pré-estabelecidos e combinados com empresas parceiras do grupo, dando preferência para a Stillus Alimentação.
Entre os denunciados, estão ainda duas servidoras da Secretaria de Estado de  Defesa Social e dois diretores de presídios. 
Em junho do ano passado, uma operação que envolveu Ministério Público, Receita Federal e as polícias Civil, Militar e Federal apreendeu documentos na empresa Stillus, e na casa de Alvimar Perrela.
“Existe o momento da formação do cartel. As empresas se associando pra formar um grupo econômico sólido pra vencer os processos licitatórios. Posteriormente, na execução dos contratos houve um prejuízo ao estado mediante a corrupção ativa e passiva pra que a entrega dos produtos fosse numa quantidade menor e de qualidade pior”, afirmou o promotor Eduardo Nepomuceno.
A advogada que representa os sócios da empresa Stillus Alimentação informou que os denunciados ainda não receberam a comunicação formal da denúncia e só depois irão se pronunciar.
De acordo com o Fórum Lafayete, em Belo Horizonte, a denúncia será encaminhada para uma das varas. O juiz encarregado irá citar os denunciados que terão 10 dias para o oferecimento da defesa. Após a análise do processo, o magistrado irá decidir se aceita ou não a denúncia.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou por meio de nota que das duas servidoras denunciadas, apenas uma ainda estava na ativa. Segundo a Seds, ela foi afastada do cargo até que a denúncia seja apurada.
A secretaria informou também que ainda não foi notificada pelo Ministério Público, mas que vai contribuir com informações sobre os processos de alimentação das unidades prisionais do estado, caso seja solicitado.

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