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sábado, 19 de outubro de 2013

A GUERRA DE BISSAU



(HD) - Em palestra em São Paulo, há uma semana, o Prêmio Nobel da Paz José Ramos-Horta, ex-dirigente do Timor Leste, pediu ao Brasil que financie as  eleições da Guiné-Bissau, onde ele trabalha como representante da ONU.

Com apenas um milhão e seiscentos mil habitantes, a Guiné-Bissau, é um pequeno país de língua portuguesa, da costa ocidental africana, que tem como principal produto de exportação a castanha de caju. Sua renda per capita mal passa dos mil dólares por ano.

A localização, no entanto, lhe confere importância estratégica – por ter se transformado, nos últimos anos, em  importante entreposto para o tráfico de drogas, entre os centros produtores da  América do Sul e os mercados da Europa e dos EUA.
 
Nos últimos anos, ás péssimas condições sociais - hoje, é preciso três quilos de castanha de caju, para se comprar um quilo de arroz – somou-se a agressão aos direitos humanos.
Desde 2009, quando o presidente João Bernardo Vieira, foi assassinado, o Brasil tem participado do processo de pacificação do país, presidindo a Configuração Específica da Guiné Bissau da Comissão de Consolidação da Paz (CCP), das Nações Unidas, criada por iniciativa do Itamaraty.


E, com o Centro de Formação para as Forças de Segurança da Guiné-Bissau, também nos empenhamos em limitar o papel de suas forças armadas às questões militares.
 

Além dele, Washington acusa, judicialmente, pelo mesmo crime, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Ibraima Papa Camará, e está de olho – pelas mesmas razões - no Chefe do Estado-General das Forças Armadas, general António Indjai.
 
A Guiné-Bissau possui quadros preparados para disputar as eleições, entre eles, o de Helder Vaz, que trabalha, há anos, como um dos principais executivos  da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
O futuro de Bissau afeta tanto o Brasil - rota de passagem para as drogas - como a Europa e os Estados Unidos.
Participar decisivamente da solução da questão guineense, cooperando no que pudermos para a realização das eleições, pode mostrar que, com independência e determinação, podemos atuar, de forma cada vez mais decisiva, no espaço  geopolítico do Atlântico Sul.




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