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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012



Conflitos entre opositores e apoiadores do presidente Mohamed Mursi são os mais graves nas ruas de Cairo desde queda de Hosni Mubarak
Ao menos quatro tanques do Exército foram estacionados do lado de fora da sede do Executivo do Egito nesta quinta-feira (06/11), após confrontos entre apoiadores e opositores do governo, que se espalham por todo o país, terem deixado ao menos cinco mortos e cerca de 350 feridos desde o dia anterior. 

Os tumultos continuaram pela manhã e diminuíram no início da tarde. As informações são da agência de notícias Reuters.
Quatro manifestantes foram mortos por disparos de armas de fogo na região do Palácio, no bairro de Heliópolis, informaram nesta madrugada o chefe dos serviços de segurança, Mohamed Soltane, e a agência oficial Mena. A quinta vítima morreu no hospital Machiyet el Bakri após receber um disparo de escopeta no peito, disse o diretor do centro médico, citado pela Mena.


Partidários da Irmandade Muçulmana brigam contra opositores de Mohamed Mursi
Os opositores de Mursi exigem o cancelamento do referendo para aprovação da minuta da Constituição, marcado para o próximo dia 15 (cuja aprovação da Assembleia não contou com a presença de deputados laicos e seculares), e o fim de um decreto aprovado em 22 de novembro que exime qualquer decisão presidencial de decisões judiciais, dando-lhe plenos poderes para governar.
Três veículos blindados de transporte de carga também estavam na rua do lado de fora do palácio presidencial e em uma grande avenida próxima, no bairro residencial de Heliópolis. Os soldados estavam identificados em seus uniformes como membros da Guarda Republicana, cuja função inclui proteger o presidente.


Prédio da Irmandade Muçulmana em chamas

O tráfego estava fluindo normalmente apesar das pedras no meio das ruas que foram lançadas durante os conflitos. Centenas de apoiadores de Mursi ainda estavam no local, muitos cobertos com mantas e alguns lendo o Corão.
Milhares de partidários do presidente estavam nesta manhã diante do palácio, em resposta a uma convocação da Irmandade Muçulmana, grupo que controla o PLJ (Partido Liberdade e Justiça), de Mursi. "Viemos para apoiar o presidente Mursi e suas decisões. Ele é o presidente eleito do Egito", disse Emad Abou Salem, de 40 anos. "Ele tem legitimidade, e ninguém mais tem". Nesta quarta-feira (05/12), prédios da Irmandade Muçulmana foram incendiados.
Eles haviam expulsado mais cedo os opositores que estavam diante do prédio presidencial, no segundo dia de manifestações, mas a multidão contrária ao presidente retornou ao local.onseguiu estabelecer um cordão de isolamento entre os manifestantes dos dois lados diante do Palácio Presidencial, mas os confrontos aconteceram nas ruas adjacentes.
Os confrontos registrados na última quarta-feira (05/12) e durante a madrugada de quinta (06/12) foram os mais graves desde a deposição do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011. 

Blog do Poter

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