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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Dinheiro nenhum pode curar a ‘tristeza’ mercenária de Cristiano Ronaldo



O Craque português Cristiano Ronaldo

Por Scott Moore  

Ladies & Gentlemen:

Peço licença para não falar nem do futebol brasileiro e nem do futebol inglês. Quero ir para a Espanha. Quero me deter num jogador em particular: Ronaldo, o camisa 7 do Madrid.
Ficamos sabendo, esta semana, que ele está “triste”. Ronaldo não festejou dois gols num jogo do Campeonato Espanhol. Na saída, disse que estava “triste”, e que o clube sabia por quê.
O mal que assalta a alma de Ronaldo, para mim, tem outro nome: mercenarite. Ronaldo sofreu um acesso de mercenarite – uma vontade patológica de ganhar mais e mais dinheiro.
Ronaldo ganha 10 milhões de euros por ano. Mas Messi ganha 11. Isso parece desesperá-lo. Sua tristeza passaria rapidamente com um reajuste salarial.
Ladies & Gentlemen.
A Espanha está simplesmente arruinada. Metade dos jovens da idade de Ronaldo não tem emprego. Mas em sua mercenarite ele deseja mais de 10 milhões de euros por ano.
Sua doença tem agravantes. Ronaldo é invejoso. Não engoliu não ter recebido o prêmio de Bola de Ouro, dado ao modesto, esforçado, eficiente Iniesta. É muita pequenez de alma para um só jogador. Até Chrissie, minha mulher, que discorda de mim em absolutamente tudo, concorda nisso.
O dinheiro pode muitas coisas, vocês sabem. Podem dar a Ronaldo Ferraris, mulheres lindas e mansões em vários países. Pode dar a ele condições de manter a qualquer preço aquele penteado ridículo.
O dinheiro só não pode comprar, para Ronaldo, uma coisa: sabedoria para curar a mercenarite que o aflige. Por isso, ele está condenado a ser a pior espécie de “triste” – aquele que inspira desprezo e não solidariedade.
All the best.

TRADUÇÃO: ERIKA K. NAKAMURA

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