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segunda-feira, 26 de abril de 2010

SURPRESA ! UNE PREGA NEUTRALIDADE...



Apesar de decidir pela neutralidade, a UNE aprovou um programa político alinhado à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff

Por EduardoBueres
A decisão da União Nacional dos Estudantes (UNE) em manter uma postura independente frente às eleições presidenciais surpreendeu a alguns menos avisados, a outros não.
Assim o fazendo, possivelmente, esta cumprindo uma lógica acertada, no sentido de que não caberia a nenhum partido a primazia de dar direção ao movimento, e tão pouco à entidade. Inspira-los, sim,
O fato é que os posicionamentos e aprovações de monções durante os encontros advêm, ainda, de uma massa de participantes que é oriunda de movimentos articulados nas grandes concentrações urbanas, portanto, mais organizados, mobilizados e estruturados.
A impressão com relação a esta posição é que se trata de um imperativo vocacional universal, que aponta que os estudantes devem voltar a se conectar com a sua essência mais expressiva, que consiste no ato de se renovar, infinitamente, sem cangas nem amarras, com autonomia ideológica.
As lutas históricas já travadas por esse movimento possuem a essência do sentimento libertário e talvez estejam ensaiando com esse gesto um movimento de descompasso para dar um passo, por serem os futuros protagonistas deste novo momento em que o Brasil sopra para o continente e para um mundo comandado por lideres decrépitos, ausentes e despercebidos de ideais renovadores, feito o que se constrói por aqui, abaixo da Linha do Equador em menos de uma década.

Somente o passar do tempo é que responderá se o resultado deste encontro foi realmente uma oportunidade da juventude mais a esquerda se relacionar com o futuro a partir da idéia de cerrar fileiras sem rupturas das bases, para mais a frente ajudar a levar adiante um programa político alinhado com as transformações, acúmulos e avanços conquistados pelo governo dos trabalhadores, que reinseriu no inconsciente coletivo dos estudantes todas as certezas de que esta em curso acelerado a construção do novo.
É comum a percepção nos centros acadêmicos de que ninguém poderá se preparar para gerenciar uma potencia exercendo valores comprovadamente ultrapassados e anacrônicos, ancorados na vitalidade conservadora vivamente desprovida de consciência de ação e de tempo, que sem remissão de culpa tenta vender o mesmo ‘peixe podre’ sem medir as conseqüências com a construção do futuro.
Todo um povo pode ter o curso da sua história construído através das experiências e conseqüência das ações da sua juventude...
Se o resultado frustrou a muitos que esperavam uma posição menos engajada, a outros desagradou: moções de apoio formal a Dilma e de repúdio ao pré-candidato do PSDB, José Serra, apresentadas durante o 58º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG), foram retiradas da proposta aclamada na plenária final do evento.
Tendo sido aprovada depois de três dias de debates no Rio de Janeiro, a resolução elaborada pela Corrente Majoritária da UNE - que preside a entidade com apoio de grupos ligados ao PT, PCdoB, PMDB, PSB e PDT, contem pontos consonantes com as políticas do governo Lula.
O documento será apresentado aos candidatos durante a campanha e propõe o enfrentamento de políticas de fundo neoliberal, da privatização a redução dos gastos sociais e da do patrimônio estatal.
O QUE DISSERAM OS ESTUDANTES:
‘A UNE sai daqui sabendo o que ela quer e o que ela não quer. Nós vamos lutar para que o Brasil não retroceda a determinadas políticas que, em nossa opinião, são negativas’, afirmou Augusto Chagas, presidente da entidade.
‘Quem deve ter candidatos numa disputa eleitoral são os partidos políticos. A UNE deve contribuir com aquilo que há de mais valioso na nossa trajetória, que são as propostas. ’
‘Que a decisão de não apoiar nenhum dos candidatos à Presidência foi tomada em nome da unidade do grupo para evitar um racha’.(Augusto Chagas)
‘Apesar de não termos saído com apoio à pré- candidata Dilma, saímos com propostas que estão muito próximas ao programa dela’, avaliou Tássio Brito, terceiro vice-presidente da UNE, , da Articulação de Esquerda.
‘Para nós, é um posicionamento baseado em um programa que o candidato Serra vai ter muita dificuldade de assinar. Não acredito que ele vá assinar. ’
Aqui no Pará, lideranças da classe dos estudantes da rede pública de ensinos médio, técnico, superior e pós-graduação que conquistou e se beneficiou com direito a meia-pasagem intermunicipal -projeto de autoria da então deputada Sandra Batísta (PT-PA) e canetado pela governadora Ana Julia- em recente e concorrido encontro na RMB, reafirmaram ao Professor Claudio Puty que:
‘independentemente do resultado das monções advindas do encontro, a disposição é de avançar na luta por novas conquistas apoiando incondicionalmente Dilma’ (Mariana Freitas vice-diretora da UMES).

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