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segunda-feira, 12 de abril de 2010

DATABRANDA:IMPRENSA CARA DE PAU MANDA A VERDADE AS FAVAS!



Lições para a campanha da Dilma

A manipulação da última pesquisa do Databranda, publicada na FSP (Forca Serra Presidente), confirmando que A FOLHA MENTE, não deixa de colocar problemas para a campanha da Dilma. A "sem gracice" com que repercute a “pesquisa” no próprio jornal da família Frias revela que sentiram que foram pegos na tramóia, por tão óbvia, e que fazem parte do comando da campanha do governador de São Paulo, como Diário Tucano que são.

Mas não deixam de colocar para a campanha da Dilma problemas que apenas começam a aflorar em toda a sua dimensão. Em princípio, um governo cuja popularidade continua a bater recordes numa pesquisa após a outra – isso nem a Databranda consegue esconder -, numa situação econômica muito favorável – em que nem parece que até um ano atrás enfrentávamos os efeitos da pior crise do capitalismo desde a de 1929 -, tem condições muito favoráveis para eleger seu sucessor.

Ainda mais que a oposição tem dificuldades para definir seu perfil. Nem Serra se sente à vontade no figurino que a oposição gostaria de ter em um candidato, nem a oposição adora o Serra – preferiria muito mais um Alckmin. Mas diante do risco do PT renovar seu ciclo de governo, com mais 4 ou 8 anos, tem que se resignar a se unir em torno daquele que tem mehor colocação nas pesquisas, deixando para um hipotético depois a disputa ferrenha pelos cargos e orientações de um eventual novo governo dos tucanalhados-demoníacos.

Mas a campanha de Dilma corre riscos reais. Depois de se recuperar de uma grave crise como a de 2005, e do extraordinário apoio que o governo Lula conquistou em todas as regiões do pais e em todas as camadas da população, as condições de derrota de uma candidatura para a sua sucessão tem que contar com erros graves na condução dessa campanha. É certo que o poder econômico e o monopólio brutal da mídia contam fortemente como os dois pontos centrais de apoio da candidatura de oposição, contra os quais a candidatura da Dilma tem que lutar. Mas a campanha de 2006 demonstra que se pode ganhar.

Neste episódio ficou claro que as pesquisas são um forte instrumento nas mãos da oposição, que demonstra disposição de se valer da capacidade de manipulação e de iniciativa que elas permitem com todo seu peso. Contando com o Databranda e o Ibope e a difusão e repercussão que suas divulgações têm no conjunto da mídia monopolista, podem conseguir efeitos que não devem ser subestimados.

Diante dessas duas empresas, claramente alinhadas com o candidato opositor, o efeito das pesquisas da Vox Populi e da Sensus tem se demonstrado menor. A Vox Populi não divulga há tempos pesquisas nacionais, apenas ótimas análises de Marcos Coimbra sobre aspectos da campanha, e a Sensus faz a cada dois meses pesquisa para uma entidade empresarial, longe da dinâmica que podem impor as duas outras empresas.

Ter ficado esperando que a FSP (Forca Serra Presidente) desse de presente a esperada superação de Serra por Dilma nas vésperas do lançamento da candidatura deste, foi uma grande ingenuidade. Perdeu-se capacidade de iniciativa e sem dúvida se sofreu um golpe psicológico, com efeitos políticos. Um gol ilegal, validado pelo juiz, vale e altera o marcador.

Pode ter sido resultado de um certo salto alto, conforme a subida da Dilma aparece como irreversível, apontando até párea a possibilidade de uma vitória no primeiro turno. Sabe-se da falta de limites para o que a oposição e, em particular, sua imprensa, podem fazer. Mas de repente parece que nos esquecemos disso e ficamos relativamente inertes diante das suas manobras.

Há outros obstáculos para a campanha da Dilma. Um deles é a de que, apesar dela ter menor rejeição que o Serra, há resistências maiores entre as mulheres, aparentemente como resultado do preconceito feminino de confiar em uma mulher para governar, acostumadas tradicionalmente a delegar nos homens as responsabilidades políticas.

Outro problema é a já tradicional resistência dos estados de São Paulo para o sul, com um preconceito “anti-petista”, que tem que ser compreendido nos seus mecanismos, para poder ser combatido com eficiência.

No resto, são os problemas que podem advir em setores mais atrasados das tentativas de desqualificação da trajetória militante da Dilma. E, claro, as manobras de invenção que devem surgir durante a campanha.

No seu conjunto, uma condução vitoriosa da campanha tem que contar com profissionalismo, rapidez, criatividade e capacidade de envolvimento da maior quantidade possível de militância.

A vitória é possível, talvez provável, mas não comecará a se configurar até que as pesquisas apontem a ascensão da Dilma ao primeiro lugar.

Postado em seu Blog por
Emir Sader

3 comentários:

  1. Meu caro Eduardo,

    Só consigo ver um aspecto positivo nessa postagem, a de que temos que ir para rua defender o atual governo e renovar esse projeto que vem dando certo. Mas até isso, nenhuma novidade, não temos mais idade para sermos ingênuos. A direita vai jogar todas as suas fichas na eleição dos tucanos demoníacos. Isso tudo nós sabemos velho... não se esqueça... "a lição sabemos de cor, só nos resta aprender".
    Quanto as pesquisas elas serão manipuladas ao gosto do freguês, ainda vem aí muita baixaria, vamos a luta companheiro, pois o que tá em jogo é a integração regional x unilateralismo financista do capitalismo, um país de todos x um país orientado pelos capitalistas, um país da elevação da qualidade de vida x um país da privatização e tão somente do ajuste fiscal. Um país daqueles que não fogem da luta e enfrentam a ditadura x daqueles que buscam o exílio e se afastam de todas as idéias mais caras a humanidade.
    É velho o jogo ainda nem começou, não me surpreende manobras desse tipo, ora meu caro não é de hoje que o capitalismo está artificializando saídas mágicas, "bolhas de crescimento insustentável" para continuar acuulando capital e reproduzindo a miséria e a barbárie por esse mundo afora. Você acha que eles teram algum escrupulo para derrotar o projeto dos trabalhadores da luta social, das vitórias, mesmo que pequenas, das classes populares.
    Quem acha que o jogo já está ganho, se engana redondamente a luta está só começando vamos ao embate entre o povo e esses demotucanos.

    Abraços,

    Wladlenn

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  2. Mui interessante a opinião do Sr Wladlenn,de que?:de fato o que esta claramente colocado para todos é que existem dois projetos distintos multiplicados y distribuidos em torno de programas díspares.De um lado a Srª Rouseff, que representa la continuidade do conjunto de conquistas que levaram a Latina América a destrabar de um emperramento histórico apontando que o continente,puxado pelo atual modelo Brasil, pelo que num todo interfere, emplacará um crescimiento em torno de 4.7 % o que é una marca que propõe responsabilidad para com a continidad da proposta progressista de uma esquerda moderna, que massifica a inclussão de todos los povos,supra-étinica,combatendo a fome e a guerra,sendo portanto um marco uno de proporciones possitivas impessáveis de acumulação humanísta até pocos anos. Do otro lado do balcão encontra-se um lacáio senhor que representa as corporações atrassadas e intervencionistas do imperio do norte e U.E.,como a OEA, o BIRD, FMI,organísmos neo-colonizadores que tanto lutaram na linha de defessa contrária a reorganização de nosso continente fustigado por toda sorte de y pela cobiça, exatamente por ser dirigido por geretones do atraso como é o caso do Sr.Jose, defesor deste malígno campo atrassado.
    Nossas congratulações a esta pagina de informação,ficaremos atrelados.

    Juan Torres Balbino, Maturín,Monagas - Republica Bolivariana de Venezuela

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  3. Para começar, quero dizer que este espaço é uma porcaria sub-panfletária que por ser passional, não consegue com suas postagens estabelecer um mínimo estado de confiabilidade entre os seus leitores, é um exercício notável de perda de tempo para quem ingenuamente feito eu supõe que encontraria aqui um fugaz plano de debate inteligente. Só estou interagindo aqui por um motivo muito simples, patriotismo X intervencionismo. Como é Sr Eduardo Bueres, que o senhor consegue ter estomago para publicar material de gente xenófoba que não tem o menor compromisso com questões da relevância e importancia do monento que atravessamos como esse(s) que se esconde(m) por traz do “Wadlenn”, que pinça um punhado de colagens do pensamento alheio de reconhecidas fontes e se acha introspectivamente “o cara”; e, por exemplo, esse gringo do Caribe, da terra do gorila que é inimigo da liberdade de imprensa e que se julga digno de se intrometer em assuntos que dizem respeito única e soberanamente aos brasileiros?É gente que redundou o personagem “Grande Irmão” do escritor George Horwel, que patrulha os amigos e delata os parentes em nome da construção de um muro de Berlim de maniqueísmo ideológico, que pretende separar o Brasil bem no meio, ou seja: quem é de esquerda é bonzinho, do lado do bem e quem é de direita é malvado, do lado do mal. E a democracia, onde fica?. De onde foi que vocês viúvos do caduca e autocrata Fidel e românticos afetados da ditadura cubana e agora venezuelana,tiraram a idéia de que Jose Serra é um inimigo do Brasil? Vocês estão ficando possuídos por certo espírito germânico da década de trinta quando foi fundado em certa choperia o Partido Nacional Socialista?.É muita dor de cotovelo por parte de gente que faz parte desta esquerda fantasiosa que quer materializar uma polaridade inconsistente para justificar o fato de governar sobre o que foi edificado exatamente pelo lado que ora combatem num cinismo sem precedentes! Joguem limpo, no tapetão vocês não vão levar, porque o povo esta atento e quer mudança. Quem não conseguiu mudar a cabeça política das massas foram vocês já que aqui no Pará o campeão de votos, incontestavelmente, não usa estrelinha na lapela, e é o manipulador de quem vocês são públicos reféns, que vergonha. Outra frustração que vocês não perdoam é por nunca terem conseguido governar São Paulo com toda importância que tem para o Brasil, mas sempre jogando o sujo jogo das elites da FIESP e dos burgueses a quem tanto combatem fazendo proselitismo efundindo um jogo dúbio para depois se colocarem como “esquerda”. Como assim esquerda?Aquela que anda comprando e alienando os trabalhadores e a massa operária iludida com os chamados “vales”, engessando e robotizando os estudantes amestrados, aquela que não conseguiu superar a mácula da inoperância e falta de competência no campo da educação. As estatísticas estão aí nos institutos para provar o engodo desses oito anos. Para finalizar: parem de jogar a culpa na grande imprensa que em ultima instancia não pode medir força com quem tem a verdadeira força que é a da caneta.Publique se tiver coragem,voltarei se preciso.

    Obrigado.

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